A palavra "citologia" vem do grego, onde kytos = célula e logos = estudo.
A Citologia é um dos ramos das ciências naturais e a sua história está intimamente relacionada com o advento do microscópio.
A Citologia (Biologia Celular) progrediu substancialmente no último século graças ao aumento do poder de resolução dos instrumentos de análises, desenvolvimento de novas tecnologias e à convergência da citologia com a Genética (Citogenética), Fisiologia (Fisiologia Celular), Bioquímica (Citoquímica), Imunologia (Imunocitoquímica), entre outras ciências.
Praticamente todas as transformações funcionais e físico-químicas do organismo têm lugar na arquitetura molecular da célula, pelo que o conhecimento da sua organização submicroscópica ou ultra-estrutural é de interesse fundamental.
O descobrimento de sequências de aminoácidos, estruturas e disposição tridimensional da molécula, os estudos sobre enzimas, o modelo molecular do DNA, fizeram da Citologia um dos ramos mais importantes das ciências biológicas, tornando-se muito importante para a Genética, Bioquímica e Patologia.
Atualmente, pode-se afirmar que a citologia estuda os problemas celulares em todos os seus níveis, começando pela organização molecular.
Teoria Celular
Theodor Schwann, em 1839, conclui que todos os seres vivos são formados de células e estabelece, juntamente com o botânico Schleiden, a Teoria Celular, que afirma que todos os seres vivos, animais, vegetais ou protozoários são constituídos, sem exceção, por células e produtos celulares. A teoria também estabeleceu que cada célula é proveniente de outra célula.
A Citologia é uma das áreas da Biologia que mais tempo demorou para se desenvolver. Isto ocorreu, pois as células não são visíveis a olho nu, sendo assim, esta ciência dependia do desenvolvimento de um instrumento capaz de aumentar e possibilitar a visualização das células. Embora o microscópio tenha sido inventado no final do século XVI, foi somente na segunda metade do século XVII que teve início as pesquisas e descobertas na área de Biologia Celular.

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O pioneiro nas pesquisas com células foi o cientista inglês Robert Hooke. Foi ele quem, em 1665, fez a primeira observação de uma célula ao examinar um pedaço de cortiça em seu microscópio. Foi ele ainda quem utilizou pela primeira vez o termo “célula” para fazer referência aos espaços que havia observado na cortiça.
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No século XIX, a Citologia apresentou grandes avanços e descobertas, com o aprimoramento dos microscópios. Em 1838, o botânico alemão Matthias Schleiden, considerado o fundador da Teoria Celular, conseguiu comprovar a existência de células em plantas.
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Já em 1839, o fisiologista alemão Theodor Schwann, considerado o pai da Histologia Moderna, conseguiu mostrar que os seres humanos também possuíam células.
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Em 1858, ocorreu mais um grande avanço na Biologia Celular. O médico patologista alemão Rudolf Ludwig Karl Virchow chegou a conclusão de que as células dão origem a outras células.
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Hooke usou o termo célula, pois os espaços que havia observado na cortiça pareciam os quartos dos sacerdotes (celdas).
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Os microscópios eletrônicos são os mais avançados e potentes, conseguindo ampliar uma célula em até 100 mil vezes.
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Citologia, atualmente designada Biologia Celular, é a ciência que estuda a estrutura, a composição e a fisiologia das células, através das membranas celulares, do citoesqueleto, das organelas citoplasmáticas e dos componentes nucleares.
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